Saturday 30 October 2010

mesmo
quanto te escapas
quando te esquivas
fluem através de ti as fibras do meu desejo
e
todos os meus músculos exalam o teu afeto

Friday 29 October 2010

recolho-te em migalhas
para preencher-me as paredes

abro todas as portas por onde passes

vou morrendo e nem percebo

Saturday 2 October 2010

quero teu corpo
teus dedos fáceis
teus céus como meu olhar tão límpido
tuas curvas que desconheço
tuas dobras que imagino em noites vazias
sem teto

teu gosto entre meus dentes fartos
teus traços nas minhas cruas marcas
tua sombra abrindo meu sonho
o desespero de não ter nada em volta


indefesa
como um poço inerte