Seroutro
poemas indefesos
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Divagações
Tuesday 8 March 2011
Fragmento - III
o pulso e suas dobras
fecharam-se por dentro
dos olhos guardados
tudo tem aroma:
o calor, a pressão, o tato
o movimento súbito suspenso
o pulso tem o peso da dormência inerte
Sunday 6 March 2011
Fragmento - II
o pulso
é ave
dentro do quarto fechado
dentro do voo imóvel
dentro do espanto das nuvens
entre a colisão das montanhas
diante da pressa dos dedos
o pulso é ave
lenta
densa
feita só silêncio
Saturday 5 March 2011
Fragmento - I
o pulso
ave em movimento
é a parte aérea do corpo
arco tenso
acima da nuvem
numa fresta de feixe
de feno recém colhido
o pulso
incandesce
feito coluna recolhida em suas asas
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