Sunday 11 April 2010

a palma da minha mão
cultiva um sol em silêncio
queima-me a ponta dos dedos
abre-me rugas que não preencho
escorre em veios de sangue incandescente
por entre os desejos que desenham meus ossos
e eu nada consigo
a não ser
as dores que cultivo

Thursday 8 April 2010





Deixo as saudades esquecidas
no banco deste aeroporto vazio.
Não as levo porque não quero,
porque o que quero é o
prazer
de reencontrá-las à minha espera
no meu retorno.