Sunday 11 April 2010

a palma da minha mão
cultiva um sol em silêncio
queima-me a ponta dos dedos
abre-me rugas que não preencho
escorre em veios de sangue incandescente
por entre os desejos que desenham meus ossos
e eu nada consigo
a não ser
as dores que cultivo

No comments:

Post a Comment