Monday 23 March 2009

Os gestos
imprecisos
do mar da minha ilha
entreabrem-me os sonhos aos gritos.

Entregam-me às vagas entranhas doces
das nuvens altas plenas de canto.
Controem-me ventos sem tréguas por todos os ramos
enquanto sussurram e me desatam das velas sonoras do manto da vida.

A cada golpe do tempo, sou sua construção desconstruída.

E não há nada, a não ser o azul e o alívio do fardo dos dias.

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