Os vãos das escadas antigas
apagam-se das casas da minha cidade.
Cada pedra arrancada, espádua rasgada,
subtrai-me à existência do mundo
e pouco escapa à fúria que dilacera o tempo.
Estar de pé e viva não é nada:
pior é andar entre mortos
e encontrar secos em cada esquina
os cadáveres de cada um dos pequenos amores negados.
No comments:
Post a Comment